A VISITA DO DEMÔNIO

"O que o sobrenatural reserva para nós é uma surpresa. Nunca se sabe o que poderá acontecer no próximo instante!"


Sempre gostei muito de ouvir o relato de pessoas que ja presenciaram algo sobrenatural.
Nunca duvidei desse mundo misterioso onde muitas coisas sem explicação acontecem. Porém nunca em minha vida havia relatado algo sobrenatural até que um dia tive uma experiência inesperada.


Eu estava no segundo ano do ensino médio, tinha 16 anos, e como em todas as manhãs eu levantava às 06:30' da manhã para ir ao colégio. Foi em um dia normal que acordei 15min antes do relógio despertar para levantar, achei estranho pois fui despertada por um som que jamais ouvi em minha casa, era o som de uma bolinha quicando no chão da cozinha, era como se alguém a soltasse no chão e a deixasse quicar até parar e depois a soltava novamente promovendo aquele barulho.
Aquilo despertou minha curiosidade, afinal quem estaria brincando com uma bola aquela hora da manhã?
Meu irmão era pequeno na época e naquele horário ele já estava no decimo sono.

Levantei da minha cama e fui até a cozinha, pois o som vinha daquele lugar. Ninguém estava acordado pois não havia nenhuma luz acesa, e lá fora ainda estava bem escuro pois era inverno (moro no sul e no inverno a tendência é do dia clarear mais tarde). Tentei então acender a luz da cozinha ainda ouvindo o som daquela bolinha quicando no chão, porém não foi surpresa a luz não acender, ela apenas piscava mas não acendia totalmente. Isso até é normal pois eram aquelas lampadas compridas fluoresentes e quando está muito frio elas não acendem de primeira.
Mesmo com a luz piscando não conseguia identificar ninguem na cozinha, afinal era uma cozinha grande.

O estranho foi que no momento em que liguei a luz a bolinha parou de quicar.
Como eu ainda estava sonolenta resolvi voltar para a cama, e nem dei tanta importância depois que o barulho parou.
Ppara minha surpresa, quando me deitei novamente o barulho da bolinha recomeceu.
Ah não, daí já era demais, meu sono já tinha dado adeus naquele momento. Resolvi não ligar para o barulho, aquilo deveria ter uma explicação bem lógica, e como já estava na hora de levantar fui tomar banho e me arrumar para ir ao colégio.

Quando estava prestes a sair de casa para a aula resolvi ir até o quarto da minha mãe. Tentei acordá-la e perguntar se ela havia ouvido o barulho daquela bolinha, sendo que ela não deu ouvidos e disse que aquele som devia vir da casa do vizinho. Tentei me convencer do mesmo.
Quando fechei a porta de casa olhei para a rua e tudo estava morto, como se o tempo tivesse parado e congelado. Naquele momento não passava nenhum carro na rua e as casas estavam todas com as luzes desligadas, apenas um vento, bem misterioso. Não dei importância pois ainda era cedo, só fui me importar com todos acontecimentos quando algo enfatizou ainda mais aquela manhã, a qual já estava muito estranha.

Foi no momento em que eu passava embaixo de um poste de luz e a lâmpada apagou, nossa que coisa mais estranha, em 5 segundos ela voltou ao normal. Qual foi minha surpresa nesse momento quando olhei para o chão, do lado da minha sombra, e um pouco atráz dela havia a sombra de um homem alto com um chapéu.
Naquele momento minha reação foi olhar imediatamente para traz. Foi quando veio aquele vento estranho e me arrepiou o corpo todo, mas não havia ninguem atráz de mim, afinal a rua estava vazia, não havia ninguem além de mim.

Fiquei muito assustada e então me dei por conta que aquilo não era do nosso mundo.
 Com muito medo e confusa comecei a andar rápido até a parada de ônibus. Quando cheguei lá virei de frente para a rua e do outro lado dela estava o mesmo homem, só que agora não era a sombra e sim a sua forma.
Estava embaixo de uma árvore que fazia uma sombra escura. Não conseguia identificar o rosto, pois o chapéu estava abaixado na altura dos olhos, e como eu imaginava era um homem muito alto, e também usava um terno escuro.
Em um momento de desatenção aquela pessoa sumiu de onde estava. Segundos depois foi como se tudo voltasse ao normal, alguns carros começaram a passar pela rua e logo veio meu ônibus.

Resumindo minha experiência, hoje pelo relato de outras pessoas, eu imagino que aquilo não era uma pessoa e muito menos um espírito, acredito que seja o demônio, pois ja li e ouvi relatos de pessoas que tiveram experências parecidas com a minha, e também porque a umbanda diz que exú (demônio) vem na forma de um homem alto de terno preto e com um chapéu que tapa seus olhos.

Quando a gente deseja algo de mal para as pessoas e aquilo se concretiza é porque foi o mal quem realizou aquele desejo, e um dia o senhor da maldade que é o demônio virá te visitar.
É uma forma de cobrar e mostrar que ninguém está acima do bem e do mal, os dois lados existem e nós temos o poder de evocá-los, mas também de sofrer as consequências.

 

Priscila - RS - Brasil